X, anteriormente conhecido como Twitter, sempre teve problemas de desinformação, especialmente desde que a marca de seleção azul ficou disponível para qualquer pessoa disposta a pagar. Agora, num desenvolvimento recente, um novo relatório da União Europeia (UE) questionou o papel de X no tratamento da propagação de desinformação, o que também poderia ser uma violação direta da nova Lei dos Serviços Digitais (DSA).
De acordo com o relatório, que avaliou todas as principais plataformas de redes sociais utilizando indicadores estruturais concebidos para detectar desinformação, o Twitter obteve a classificação mais elevada tanto no volume de desinformação na sua plataforma como no envolvimento que gerou com conteúdos enganosos. Além disso, a recente saída do Twitter do Código de Conduta sobre Desinformação da UE levantou preocupações significativas, especialmente considerando o facto de os legisladores da UE alertarem que as políticas do Twitter estavam a amplificar a propaganda do Kremlin.
“O senhor Musk sabe que não está isento de responsabilidade ao abandonar o código de conduta. Existem obrigações sob a lei dura. Portanto, minha mensagem para o Twitter/X é que você deve obedecer. Estaremos atentos ao que vocês fazem”, disse a vice-presidente da Comissão Europeia, Vera Jourova.
Além disso, existem preocupações sobre o novo recurso de verificação de fatos da plataforma, chamado Community Notes. Embora esse recurso tenha como objetivo envolver os usuários na avaliação da precisão do conteúdo, permitindo-lhes adicionar notas contextuais a tweets questionáveis, também levanta preocupações porque o Twitter parece estar terceirizando sua responsabilidade para com os usuários.
A resposta de X
Embora X não tenha respondido diretamente ao relatório da UE, a empresa utilizou a sua conta de Assuntos Globais no Twitter para concurso o “enquadramento” do estudo e afirmou que os dados não suportam a narrativa veiculada na mídia.
“Este importante debate deve considerar toda a gama de ações tomadas pelas plataformas e reconhecer a importância de proteger a liberdade de expressão. Mais de 700 Notas da Comunidade exclusivas apareceram em postagens relacionadas ao conflito na Ucrânia”, disse X.