A placa de vídeo mais poderosa da Nvidia está prestes a chegar ao próximo nível – pelo menos é o que dizem os rumores. O RTX 4090 já trouxe um enorme salto geracional, e podemos esperar algo similar, se não melhor, com o futuro RTX 5090. A chave para isso está em uma memória absurdatente grande e um aumento significativo nos núcleos CUDA. Mas será que a Nvidia realmente precisa de todo esse poder para competir com a AMD?
As informações tentadoras de hoje vêm de uma fonte conhecida no mundo das GPUs, o kopite7kimi, que compartilhou algumas especulações sobre a possível arquitetura do chip GB202, que seria equivalente ao Blackwell do AD102. Algumas contas foram feitas.
O kopite prevê que o GB202 terá 12 clusters de processamento gráfico (GPCs) com oito clusters de processamento de texturas (TPCs) cada, totalizando 192 multiprocessadores de streaming (SMs). Isso nos leva ao número mais conhecido nas placas Nvidia, os núcleos CUDA. Há rumores de que o RTX 5090 terá um total de 24.576 núcleos CUDA, o que significa cerca de 33% a mais do que o AD102 encontrado no RTX 4090. Na verdade, é ainda mais, já que o RTX 4090 nem utiliza a matriz completa – a GPU possui 16.384 núcleos CUDA, mas o chip tem capacidade para 18.432. De qualquer forma, esses ganhos são significativos.
É possível que o RTX 5090, assim como seu antecessor, não utilize a matriz completa. Ainda não sabemos se a Nvidia planeja lançar uma placa RTX Titan Ada nesta geração, embora se suspeite que uma RTX 4090 Ti não esteja nos planos (o que é uma boa notícia). Ainda há alguns núcleos CUDA para serem utilizados, então se a história se repetir na próxima geração do Blackwell, o RTX 5090 pode ter menos núcleos e ainda sobrar alguns para um possível 5090 Ti. Seria uma verdadeira monstruosidade de qualquer maneira.
O kopite7kimi também revelou que o GB202 pode ter um barramento de memória de 512 bits, algo com que placas como o RTX 4060 Ti, com falta de memória, so podem sonhar. Há também rumores de que a Nvidia está migrando para a memória GDDR7 em sua linha principal. Uma VRAM de 48 GB parece plausível, mas também ridícula, o que poderia impulsionar o treinamento de IA.
Apenas de imaginar o preço de uma placa de vídeo dessas já causa estresse. Uma coisa é certa – a Nvidia parece estar seguindo uma estratégia semelhante, em que o carro-chefe oferece um enorme ganho de desempenho a um preço alto, enquanto o restante da linha gradualmente desce até um ponto em que esses ganhos são muito menores, ou até mesmo inexistentes.
A Nvidia pode se dar ao luxo de fazer isso porque a concorrência da AMD é escassa nesse segmento de alto desempenho, e parece que a AMD pode ficar de fora na próxima geração. Honestamente, a AMD nem precisa atingir esse nível de ganho – mesmo que ela consiga competir com o RTX 5090, parece improvável que consiga alcançá-lo tão cedo. Afinal, o carro-chefe atual da AMD é equivalente apenas ao RTX 4080. Ainda é cedo para ter certeza, já que não se espera que as GPUs Blackwell sejam lançadas antes de 2025.
Recomendações dos Editores