A imagem desta semana do Telescópio Espacial Hubble mostra uma espécie de ilusão de ótica que está ajudando os pesquisadores a espiar ainda mais fundo nas profundezas do nosso universo. Usando um fenômeno chamado lentes gravitacionais, o Hubble capturou esta imagem que parece mostrar quatro pontos brilhantes de galáxias formando um anel ao redor de um par central ainda mais brilhante.
Mas, apesar de como parece, não existem seis galáxias representadas no centro desta imagem – na verdade existem duas galáxias e um quasar muito, muito distante, que é um centro extremamente brilhante de uma galáxia.
Esse efeito ocorre porque as duas galáxias, que estão mais próximas de nós, agem como uma lupa no quasar chamado 2M1310-1714, que está mais distante, a aproximadamente 17 bilhões de anos-luz de nós. As galáxias têm tanta massa que sua gravidade desvia os raios de luz vindos do quasar, tornando o quasar mais claramente visível para nós.
É essa curvatura que faz parecer que há quatro pontos de luz circundando o par de galáxias quando na realidade há apenas um quasar, cuja luz é distorcida para parecer quatro fontes de luz.
A lente gravitacional pode ser visualmente confusa, mas pode ser uma ferramenta poderosa para examinar objetos distantes. Ele permite que os pesquisadores vejam mais longe e pode até ser usado para estudar o misterioso fenômeno da matéria escura. Uma variação dessa técnica, chamada microlente, será usada pelo telescópio espacial Nancy Grace Roman para detectar exoplanetas distantes, observando a forma como a luz se curva quando uma estrela passa na frente de outra.
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