No ano passado, o governo Biden lançou a Lei CHIPS para impulsionar a indústria de semicondutores dos EUA e superar a China na fabricação de semicondutores, tornando os EUA o principal destino dos principais fabricantes de chips. E como parte da lei, o governo lançou a primeira rodada de financiamento no valor de US$ 39 bilhões destinada à construção, expansão e modernização de instalações comerciais.
No entanto, de acordo com um relatório do Financial Timesas empresas que buscam se beneficiar desse financiamento devem aderir a condições específicas, incluindo restrições à expansão da capacidade de produção em países estrangeiros de interesse, como a China, por dez anos.
“Nosso objetivo é garantir que os Estados Unidos sejam o único país do mundo onde todas as empresas capazes de produzir chips de ponta farão isso nos Estados Unidos em grande escala”, disse a secretária de comércio Gina Raimondo.
Além da proibição da expansão de fábricas na China, os destinatários do ato CHIPS não podem se envolver conscientemente em nenhuma pesquisa conjunta ou esforço de licenciamento de tecnologia com uma entidade estrangeira de interesse que envolva produtos ou tecnologias sensíveis. Isso visa impedir que empresas domésticas façam parcerias com empresas chinesas, como a recente parceria da Ford com a CATL.
Garantir o uso adequado dos fundos
Para garantir que os fundos sejam usados adequadamente, o governo exigirá que as empresas delineiem seus planos para fornecer assistência infantil acessível aos trabalhadores, caso solicitem mais de US$ 150 milhões. As empresas também não podem usar os recursos para recompra de ações ou pagamento de dividendos. Além disso, Raimondo também anunciou que as empresas precisarão devolver parte do dinheiro que recebem da Lei CHIPS ao governo se gerarem lucros excessivos.
“Trata-se de investir em nossa segurança nacional, não permitindo que essas empresas usem nosso dinheiro para aumentar seus lucros. Precisamos de mais pessoas na força de trabalho. No momento, carecemos de creches acessíveis, que é o fator mais significativo que mantém as pessoas, especialmente as mulheres, fora da força de trabalho”, disse Raimondo.