Não é segredo que hoje em dia o vício em smartphones representa uma ameaça significativa para as crianças. A constante enxurrada de notificações, atualizações de mídia social e jogos viciantes podem dificultar que as crianças desliguem seus telefones, levando a impactos negativos na saúde mental, nos relacionamentos e no desempenho acadêmico. Como resultado, o grupo UsforThem lançou uma campanha instando o governo do Reino Unido a proibir smartphones para crianças menores de 16 anos e a implementar “advertências de saúde do tipo tabaco” nas embalagens dos telefones celulares.
A campanha já ganhou força entre especialistas e parlamentares, incluindo a reformadora escolar Katharine Birbalsingh, que acredita que é necessário banir smartphones para menores de 16 anos.
Birbalsingh argumenta que a lei já proíbe as crianças de se envolverem em atividades como beber álcool, fumar cigarros e assistir a certos filmes, então faz sentido também proibir smartphones. Além disso, a atriz britânica Sophie Winkleman, que também apoia o movimento, afirmou que o uso regular de telefones e aplicativos de mídia social, como o TikTok, dificulta a capacidade de aprendizado das crianças.
“A internet é um deserto tóxico no qual estamos deixando as crianças tropeçarem sem proteção. Eu morei na Califórnia e passei um tempo com figurões no Vale do Silício, e eles não deixavam seus filhos perto das telas”, disse Winkleman.
Limitando o uso do smartphone das crianças com o controle dos pais
Embora a ideia de proibir smartphones para crianças possa parecer extrema, considerando o uso crescente de aulas online, os pais ainda podem limitar o uso desses dispositivos por seus filhos sem recorrer a uma proibição.
Tanto o iOS quanto o Android oferecem recursos de controle dos pais que permitem aos pais definir limites para o uso de aplicativos de seus filhos. Por exemplo, o Screen Time no iOS e o Digital Wellbeing no Android permitem que os pais configurem restrições de uso, limites de aplicativos e filtro de conteúdo e privacidade. Além disso, os pais também podem exigir aprovação para instalações de aplicativos e gerenciar compras no aplicativo. Ainda assim, mesmo com essas ferramentas de gerenciamento parental, parece que alguns acham que a proibição é uma medida mais apropriada.