O Telescópio Espacial James Webb acaba de fornecer mais algumas imagens sublimes, desta vez mostrando a Nebulosa do Anel com detalhes surpreendentes.
Visto pela primeira vez no século 18 e localizado a cerca de 2.500 anos-luz da Terra, o colorido anel principal da Nebulosa do Anel é composto de gás lançado por uma estrela moribunda no centro da nebulosa.
Esta estrela acabará por se tornar uma anã branca – um núcleo muito pequeno, denso e quente que marca o estágio evolutivo final de uma estrela, e que o nosso próprio sol eventualmente seguirá, a Agência Espacial Européia (ESA). explica em seu site.
Webb capturou as imagens usando duas câmeras diferentes. A primeira (abaixo) foi tirada por sua câmera de infravermelho próximo (NIRCam) e mostra os detalhes intrincados da estrutura do filamento do anel interno.
A segunda imagem (abaixo) usou o instrumento de infravermelho médio de Webb (MIRI) para revelar detalhes particulares nas características concêntricas nas partes externas do anel da nebulosa.
A Nebulosa do Anel, que a ESA descreve como tendo a forma de um “donut distorcido”, contém cerca de 20.000 glóbulos densos ricos em hidrogênio molecular. Em contraste, a região interna é uma área de gás muito quente.
“A casca principal contém um anel fino de emissão aprimorada de moléculas à base de carbono conhecidas como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos”, disse a ESA. “Aproximadamente 10 arcos concêntricos estão localizados logo além da borda externa do anel principal. Pensa-se que os arcos se originam da interação da estrela central com um companheiro de baixa massa orbitando a uma distância comparável àquela entre a Terra e o planeta anão Plutão. Desta forma, nebulosas como a Nebulosa do Anel revelam uma espécie de arqueologia astronômica, pois os astrônomos estudam a nebulosa para aprender sobre a estrela que a criou”.
A ESA observa que, embora o meio do donut possa parecer vazio, na realidade está cheio de material de menor densidade que se estende tanto para nós quanto para longe, “criando uma forma semelhante a uma bola de rúgbi encaixada no espaço central do donut”.
O telescópio Webb está localizado a cerca de um milhão de milhas da Terra e recentemente comemorou seu primeiro ano de operação.
A NASA, a Agência Espacial Européia e a Agência Espacial Canadense trabalharam juntas na empreitada de US$ 10 bilhões, construindo e implantando o telescópio espacial mais poderoso do mundo em uma missão para fazer descobertas inovadoras sobre as origens do universo enquanto, ao mesmo tempo, procuram por planetas distantes que poderiam sustentar a vida.
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