De acordo com a CNBC, Bob Iger, CEO da Disney, o lançamento inicial será limitado a “apenas alguns países em alguns mercados” antes de expandir para um lançamento em grande escala em setembro. A decisão de combater o compartilhamento de senhas faz parte da estratégia mais ampla da Disney para obter lucratividade em seu negócio de streaming até o final do ano fiscal de 2024.
Desafios de integração, marcos
A repressão ao compartilhamento de senhas ocorre logo após o recente lançamento do aplicativo integrado Disney + e Hulu pela Disney, projetado para aumentar o envolvimento do assinante e reduzir as chamadas taxas de rotatividade. O aplicativo mesclado combina conteúdo e histórico de exibição de ambos os serviços, aproveitando mecanismos de recomendação para aprimorar a experiência do usuário.
Durante a mesma entrevista à CNBC, Iger enfatizou a importância dessas ferramentas tecnológicas na criação de uma experiência de streaming “mais rígida”, afirmando: “Precisamos de ferramentas tecnológicas para reduzir a rotatividade e criar mais aderência. São coisas como mecanismos de recomendação, conhecer melhor nossos clientes.”
Além das restrições de compartilhamento de senhas e da integração Disney+ e Hulu, a Disney está trabalhando na unificação das identidades dos usuários em suas diversas plataformas, incluindo ESPN e serviços a cabo. Este sistema de identidade unificado será crucial para aplicar eficazmente a repressão ao compartilhamento de senhas.
Em última análise, um movimento de negócios
Espera-se que esta medida para limitar o compartilhamento de senhas ajude a Disney a atingir sua meta de alcançar margens de dois dígitos em seu negócio de streaming no longo prazo. Na verdade, Iger tem expressado consistentemente confiança na capacidade da empresa de transformar os seus serviços de streaming num negócio lucrativo e em crescimento.
Por um lado, ele parecia muito orgulhoso da robustez da biblioteca de conteúdo da empresa. Por mais controversa que a indústria cinematográfica tenha sido ultimamente, isso ainda incluía franquias (historicamente) populares e sucessos sólidos da Pixar, Marvel, Lucasfilm e da própria Disney, bem como da 20th Century Fox.
É claro que resta saber como os assinantes reagirão às novas restrições e aos potenciais custos adicionais refletidos por esta repressão. A Netflix forneceu com sucesso o primeiro exemplo de aumento do número de assinantes após sua repressão. Como tal, outros serviços de streaming provavelmente seguirão o exemplo, não apenas para combater a perda de receitas devido ao compartilhamento de senhas, mas também como medida para acompanhar.