Desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, tem havido uma animosidade crescente entre as empresas de tecnologia estrangeiras e a Rússia. A maior parte dessa negatividade vem de disputas sobre informações compartilhadas em plataformas como Google e Facebook. A Rússia está tentando se livrar de todas as informações que considera falsas e chegou ao ponto de construir uma alternativa à Google Play Store.
A não remoção das informações pelas empresas resulta em multas e, em casos extremos, em proibições. Enquanto as empresas tentam reverter as penalidades, os tribunais ficam do lado do Estado e é quase impossível revertê-las. Algo semelhante aconteceu com o Google quando o tribunal russo rejeitou seu recurso sobre conteúdo relacionado à Ucrânia.
Terceiro recurso do Google rejeitado pelo tribunal russo
O Google, da Alphabet, foi recentemente multado por não apagar informações sobre a guerra na Ucrânia que a Rússia considera falsas. Esse tipo de multa não é novidade, visto que a Rússia multou o Google e outras empresas no passado. Embora as empresas afirmem proteger a liberdade de expressão, essa questão está se tornando mais séria.
O Google foi multado em 4,6 bilhões de rublos (US$ 49,4 milhões) em dezembro de 2023 e tentou apelar da multa, mas um tribunal em Moscou rejeitou o recurso em 10 de abril. Chamar de propaganda LGBT é outra causa da multa.
A multa foi calculada como uma parte da receita anual do Google na Rússia. Além disso, a empresa foi multada com penalidades semelhantes com base no faturamento de 7,2 bilhões de rublos no final de 2021. Seguiu-se uma multa de 21,1 bilhões de rublos em 2022. O Google tentou apelar de ambas as multas, mas foi rejeitado.
Outras plataformas sofrendo destinos semelhantes
O Google não é o único gigante da tecnologia afetado pela guerra em curso entre a Rússia e a Ucrânia. Plataformas de mídia social populares e amplamente utilizadas, como o Twitter e as plataformas de propriedade da Meta, Facebook e Instagram, são proibidas na Rússia.
O YouTube tem sido um alvo específico da ira da Rússia, principalmente considerando a quantidade de conteúdo sobre o conflito em curso que ele possui. No entanto, ainda não foi banido e apenas restrito. Essa decisão da Rússia é bastante estranha, já que o YouTube é propriedade da Alphabet, assim como o Google.
Um tribunal russo considerou a Meta, empresa controladora do Facebook e do Instagram, culpada de atividades extremistas no ano passado. A razão para a conclusão foi a recusa em apagar mensagens que incitavam danos à Rússia devido ao conflito na Ucrânia.